AMÉRICA PORTUGUESA - Armonico Tributo



América Portuguesa
Composições do período colonial brasileiro (séculos XVIII e XIX), de diversos autores: Damião Barbosa de Araújo, Cap. Manoel Dias de Oliveira e J.J. Emerico Lobo de Mesquita, entre outros.
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Direção: Edmundo Hora

Coro e Orquestra Armonico Tributo


1. Sinos - Quarto Livro do Segundo Noturno das Matinas do Antigo Ofício dos Mortos

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O cd começa com o toque de sinos e a leitura de um trecho do Livro de Jó, da Bíblia, serve como introdução ao Memento Baiano

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2. Damião Barbosa de Araújo (l778-l856) - Memento Baiano

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O compositor foi um dos grandes expoentes da música brasileira quando da vinda de D. João IV ao Brasil. Baiano, ele seguiu para o Rio de Janeiro a convite do monarca. A obra é um memento, música utilizada principalmente para cerimônias fúnebres, e tem um estilo clássico na melhor linha de Haydn. O belíssimo solo de clarinete de Mônica Lucas faz dela uma jóia musical.

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3. Manuel Dias de Oliveira (1738-1830) - Offertorium ”Justus ut Palma”

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O musicista mineiro produziu uma pequena obra-prima. O ofertório era parte da missa e deveria ser executado na hora de incensar o altar. O barítono Juliano Buosi executa com virtuosismo a peça.

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4. Marcos Coelho Neto (1787) - Himno a 4 ”Maria Mater Gratie”

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A autoria desta peça é polêmica, pois com esse nome dois músicos, pai e filho, trabalharam nas igrejas mineiras. Tanto um como outro primavam pelo talento. Trata-se de uma peça de grande sensibilidade estética.

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5-6. Anônimo (Salvador-BA) (1759?) - ”Herói, Egrégio, Douto, Peregrino” (Cantata Acadêmica)

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De autoria desconhecida, provavelmente do compositor baiano Caetano Melo de Jesus, a obra é marcadamente inspirada no estilo italiano e era uma modalidade muito comum na época, a cantata, um poema profano musicado —difere-se da ópera porque essa última narra uma história e contém uma estrutura teatral e a outra é apenas um poema musicado. A cantata era geralmente composta na língua do autor do libreto. O texto é uma peça de propaganda a serviços de um poderoso da época, o desembargador José Mascarenhas —coisa comum também na Europa daquela época. Se deixarmos a letra de lado e nos ativermos ao belíssimo solo da soprano Elizabeth Ratzerdorf e ao acompanhamento primoroso da orquestra Amonico Tributo, perceberemos que estamos diante de uma obra-prima da música barroca, uma das raras peças neste estilo cantada em português que sobreviveu ao tempo.

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7. Joaquim José Emerico Lobo de Mesquita (1787) - Antiphona de N. Senhora “Salve Regina”

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É um dos mais conhecidos e brilhantes compositores do período. Nascido em Minas Gerais, destacou-se no Rio de Janeiro, tendo ensinado música ao famoso José Maurício Nunes Garcia, o mais destacado compositor do período. A obra emociona por sua sensibilidade e contrição.

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8-36. Luís Álvares Pinto (1719-1789) - Te Deum

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O pernambucano é um dos pioneiros da música erudita brasileira. Seu Te Deum, tipo de cântico entoado no final das missas de domingo e em festas, é um show de técnica. Alternando trechos de música gregoriana com peças vivas, ricamente musicadas, em total sintonia com as peças polifônicas da Europa desta época, o Te Deum é de uma exuberância sonora encantadora. O conjunto é fenomenal, mas vale citar parte do Judex Crederis (Cremos que voltarás, em português, trecho comum a todos os Te Deum que costuma encerrar a obra). Principalmente as faixas 29 —Salvum fac populum tum et benedic hereditati tuae, Dominae / Salva teu povo e abençoa tua Herança, senhor— e 31 —Per singulos dies Benetictimos te / Dia a dia te glorificaremos e louvaremos-te— do cd. O Te Deum encerra com chave de ouro o disco.

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CD-1
CD-2

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