Lindembergue Cardoso - Música Contemporânea Brasileira


Lindembergue Cardoso

Nasceu em Livramento/Bahia/Brasil, no ano de 1939 e faleceu em Salvador/Bahia/Brasil no ano de 1989. Diplomou-se em Composição e Regência em 1974 pela Universidade Federal da Bahia Escola de Música, na qual atuou primeiro como Madrigalista (tenor) e Percussionista da sua Orquestra Sinfônica, depois passando a fagotista da mesma orquestra e Professor de Folclore, Composição, Improvisação, Literatura e Estruturação Musical, Instrumentação e Canto Coral da referida Escola, até posteriormente chegar a ser Regente do Madrigal e Vice-Diretor da mesma. Depois de sua morte recebeu o título de Professor Emérito da UFBA.
Membro fundador do Grupo de Compositores da Bahia, no campo da composição produziu 110 obras numeradas; 12 obras para espetácutos de Teatro. Dança e Teatro de Bonecos (para adultos'}; 1 Sinfonia; 1 anti-ópera e 1 Ópera negra, além de arranjos e músicas circunstanciais, como exemplo a "Missa João Paulo lI", composta pela passagem do Santo Padre na cidade do Salvador (1980) e executada por um coral de 700 vozes, órgão, violão e percussão; trabalhos de multi-meios realizados em diversas cidades do país: obteve cerca de 18 Prémios (nacionais e internacionais); teve 24 das suas obras gravadas em disco e 50 editadas, inclusive fora do pais. Tornou-se IMORTAL pela Academia Brasileira de Música (1988)


1 "SOTEROFONIA", op, 95, para orquestra

Peça composta em 1984, para a homenagem dos 435 anos da Cidade do Salvador. A escolha é conseqüência dos festejos de aniversário da nossa cidade. "Cantos populares, badaladas dos sinos das igrejas, motivos do nosso cotidiano se misturam em um contexto composicional expansivo e estético".

2 "MINISUITE". op.5, para sopros
I. Choro
II. Valsa
III. Frevo

Peça composta em 1958 para a "II Apresentação de Compositores da Bahia". 'Três movimentos embasados nas formas musicais brasileiras (chôro, valsa e frevo)"

3 "O VÔO DO COLIBRI": op.96, para cravo e orquestra de cordas

Peça composta em 1984. a pedido do cravista mineiro Felipe Silvestre. Partitura impressa pela UFBA 1991 (Projeto Gráfico Piero Bastianelli). Teve a sua estreia na Bahia, no ano de 1991, quando da inauguração do "Memorial Lindembergue Cardoso".


O colibri (cravo) e suas façanhas de vôo são o elemento que caracteriza o ritmo da peça. Os "humanos" (cordas) tentam acompanhá-lo e imitá-lo, porém sem conseguir, ficando inexoravelmente apegados ao chão.


4 "PROCISSÃO DAS CARPIDEIRAS", op 8. para orquestra, 8 sopranos e contralto solo

Peça composta em 1969, para concorrer ao "I Festival da Guanabara (RJ)", quando obteve o 3 prêmio e prêmio do público. Partitura impressa pela Gerig (Alemanha), a partir de edição manual de Piero Bastianelli).

"Em algumas regiões do Nordeste Brasileiro era comum contratar-se mulheres mercenárias, ou carpideiras, para chorar (carpir) em velórios. Nesta peça as carpideiras são usadas para, em procissão, chorar o sofrimento não da família do morto mas, o de todo um povo que sofre com a pobreza, com a chuva escassa na região, e com o latifúndio aumentando seus problemas que parecem insolúveis, e os aspectos dessa manifestação de Fé mística tomam na obra os seguintes passos: 1. AMBIENTAÇÃO: sol quente, atmosfera pesada; 2. PROCISSÃO; 3. A 1' PRECE (contralto solo); 4. DANÇA DA ALUCINAÇÃO; 5. A 2' PRECE (contralto solo); 6. DANÇA DA BONANÇA por ter finalmente chovido; 7. FINAL - uma incógnita [acorde de D7 (fl.ob.cl), sem resolução, característica da música nordestina].

5 "ONIÇÁ ORÊ", op. 75, para orquestra e vozes femininas

Peça composta em 1981 em homenagem ao artista plástico Carybé (falecido em 2000), por ocasião da outorga do título de "Doutor Honoris Causa" da Universidade Federal da Bahia. Partitura editada pela UFBA -1991.

Em sua linha composicional, o autor utiliza o tema do Candomblé com o mesmo nome, ora exposto em sua totalidade, ora "quebrado" ou superposto com outras melodias do popular baiano. A homenagem a Carybé, artista argentino/baiano, se manifesta ao fim da peça, quando ao ritmo "clássico" do candomblé o conpositor superpõe um esboço de tango argentino.

Piero Bastianelli, regente

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