Ópera Brasileira em Língua Portuguesa
Faixas:
MANOEL JOAQUIM DE MACEDO (1847-1925)
libreto: Augusto de Lima
01. “Ora, ouvi-me...”
(Ária de Tiradentes, da Ópera Tiradentes)
02. “A comoção traiu o meu afeto...”
(Ária de Marília, da Ópera Tiradentes)
BARROSO NETO (1881-1941)
música e libreto
03. Romance de Nair
(da Mágica A Rainha da Noite)
04. Dueto de Malandrino e Bonina
(da Mágica A Rainha da Noite)
05. Maxixe da Pataca
(da Mágica A Rainha da Noite)
CARLOS CAVALLIER DARBILLY (1846-1918)
libreto: Moreira Sampaio
06. Ária da Pandora
(da Mágica Pandora)
ELIAS ÁLVARES LOBO (1834-1901)
libreto: Antonio Aquiles de M. Varejão
07. Recitativo, Ária e Cabaletta de Angelina
(da Ópera A Louca)
08. “Sou fraco...”
(Ária de Silveira, da Ópera A Louca)
MANOEL BELARMINO DA COSTA
música e libreto
09. Ária de Luiza Clara
(da Mágica Luiza Clara)
ANTONIO CARLOS GOMES (1836-1896)
libreto: Antonio José Fernandes dos Reis
10. Recitativo e Ária de Leonor
(da Ópera a Noite no Castelo)
HENRIQUE ALVES DE MESQUITA (1838-1906)
libreto: França Júnior
11. Estrofes do Padre Fabrício
(da Mágica Trunfo às Avessas)
ARTHUR NAPOLEÃO (1843-1925)
libreto: Furtado Coelho e Joaquim Serra
12. Balada de Gretchen
(da Mágica O Remorso Vivo)
LEOPOLDO MIGUEZ (1850-1902)
libreto: Coelho Neto
13. “A vida a flamma derradeira exhala...”
(quinteto da Ópera Pelo Amor)
JOÃO OCTAVIANO GONÇALVES (1896-1962)
libreto: Roberto Gomes
14. “Cristiano!.. Edel!.. Eternamente!..”
(Cena e Dueto de Amor da Ópera Sonhos de uma Noite de Luar)
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A MÁGICA
Um gênero Musical esquecido
"A mágica é um gênero operístico brasileiro do século XIX que se achava esquecido pela literatura especializada em história da música brasileira, talvez por se configurar como um gênero mais popular.
Esse gênero derivado da ópera foi identificado no decorrer da pesquisa em andamento "O Real Theatro de São João e o Imperial Theatro de São Pedro de Alcântara", que venho desenvolvendo com apoio do CNPq e da FUJB, desde 1994, na UFRJ.
A referida pesquisa articula-se com o projeto denominado Registro Patrimonial de Manuscritos, também sob minha responsabilidade e em andamento, e que visa à organização, identificação, registro e copiagem por "scanner" do acervo de manuscritos musicais do Arquivo da Biblioteca Alberto Nepomuceno da Escola de Música da UFRJ. Cabe assinalar que esse acervo tem cerca de cento e cinqüenta anos e contém, aproximadamente, quatorze mil manuscritos musicais, o que ressalta seu valor histórico.
A pesquisa sobre os teatros S.João e S.Pedro tem envolvido consulta a documentos em diversos arquivos do Rio de Janeiro - Museu dos Teatros, Arquivo Nacional, Museu Histórico Nacional, Arquivo da Cidade do Rio de Janeiro, Instituto Histórico e Geográfico, Biblioteca Nacional, além do Arquivo da Biblioteca da Escola de Música da UFRJ. Essa consulta a documentos, além da pesquisa bibliográfica, visa situar os dois teatros em uma rede ampla de informações, permitindo a construção de sua trajetória pela perspectiva da história social.
Assim, a partir do trabalho com os manuscritos musicais e com a pesquisa documental, sobretudo a desenvolvida em periódicos do século XIX, começou a se delinear o gênero mágica, para o qual não encontramos informação na literatura especializada, na área de história da música brasileira. A caracterização preliminar desse gênero constitui um dos objetivos atuais da pesquisa."
por: Vanda Lima Bellard Freire
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